quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Minha vida parte I


Meu nome é Paulo Sérgio Martins, tenho 44 anos, tenho um filho com 20, seu nome é Esandro Alves Martins Neto.  Sou ex-Pastor Evangélico que retornou a Igreja Católica Apostólica Romana.
Minha vida foi cheia de altos e baixos em um momento eu estava bem e de repente eu caia, acho que a maioria das pessoas sabe o que é isso. Uma coisa era sempre certa, a minha necessidade de alimento espiritual. Conheci a Umbanda, Espiritismo Kardecista, Budismo, depois todos os ramos do Protestantismo, Tradicionais, Pentecostais e Neopentecostais

Para quem não está acostumado com esses termos vou citar uma Igreja de cada ramo citado. Exemplo de Igreja Tradicional (Igreja Batista), Igreja Pentecostal (Assembléia de Deus), Neopentecostal (Igreja Universal do Reino de Deus).


Mas nasci na Igreja Católica Apostólica Romana, e meu pai e minha mãe sempre sonharam que eu pudesse ser Padre. Tanto que desde a minha pré-adolescência eu recebia regularmente visitas de Padres Redentoristas de Aparecida que acompanhavam meu desenvolvimento vocacional. Nas minhas férias sempre eu fazia estágios lá no Seminário, parecia tudo maravilhoso, mas coisas terríveis me aguardavam.
Descobri em toda essa jornada da minha vida, que Deus tem um grande projeto para minha vida e que todas as minhas experiências tanto alegres como as tristes, Ele estava comigo e me manteve vivo para atravessar esses pântanos de trevas e retornar a VIDA.  Minha vida me lembra a ressurreição de Lazaro.
Tudo que passamos em nossas vidas tem um propósito Divino, a questão é como você irá vivenciá-lo, se escolher reclamar, murmurar contra Deus e todo mundo, você não aprenderá nada com a lição e ela se tornará um fardo insuportável.
Mas se optar por fazer como as Águias, que enfrentam as tempestades de frente sem medo, e atravessam sabendo que lá em cima o SOL brilha, você vai encontrar nas suas lutas, razões maiores para se aproximar de Deus, porque como São Paulo diz: “é nas minhas fraquezas que me fortaleço, em Cristo Jesus”.
Todos os problemas das pessoas estão relacionados com sua busca espiritual, há aqueles que até se negam a pensar nisso, como se pudessem fazer como avestruzes, que enfiam a cabeça na terra e fazer de conta que Deus não existe, e que " MORREU ACABOU”.
Mas o vazio vai continuar lá, e vemos as pessoas tentando preencher com: baladas, bebidas, drogas, sexo e sei mais lá o que...
Mas o vazio sempre volta...
Fiquem com Deus e o Amor de Nossa Mãe Maria Santíssima.
Na próxima postagem vou escrever um pouco da minha vida de TREVAS... Aguardem!


 Autor: Paulo Martins

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Por que não sou Protestante?


Esse é o autor desse estudo maravilhoso, Padre Chrystian Shankar

Por que não sou protestante?

Dois grandes pesquisadores da época rompem preconceitos

São sete as razões principais pelas quais não sou protestante:

1. Somente a Bíblia...

Os protestantes afirmam que seguem a Bíblia como norma de fé. Acontece, porém, que a Bíblia utilizada por todos os protestantes é uma só; em português, vem a ser a tradução de Ferreira de Almeida. Por que então não concordam entre si no tocante a pontos importantes (ver nº 2 adiante)? E por que não constituem uma só comunidade cristã, em vez de serem centenas e centenas de denominações separadas (e até hostis) entre si?

A razão disto é que, além da Bíblia, seguem outra fonte de fé e disciplina... fonte esta que explica as divergências do Protestantismo.

Tal fonte, chamamo-la Tradição oral; é esta que dá vida e atualidade à letra do texto. A tradição oral do Catolicismo começa com Cristo e os Apóstolos, ao passo que as tradições orais dos protestantes começam com Lutero (1517), Calvino (1541), Knox (1567), Wesley (1739), Joseph Smith (1830)...

Entre Cristo e os Apóstolos, de um lado, e os fundadores humanos das denominações protestantes, do outro lado, não há como hesitar: só se pode optar pelos ensinamentos de Cristo e dos Apóstolos, deixando de lado os "profetas" posteriores.

Notemos que o próprio texto da Bíblia recomenda a Tradição oral, ou seja, a Palavra de Deus que não foi consignada na Bíblia e que deve ser respeitada como norma de fé. Os autores sagrados não tiveram, em vista expor todos os ensinamentos de Jesus, como eles mesmos dizem:

"Há ainda muitas outras coisas que Jesus fez. Se elas fossem escritas, uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se teriam de escrever" (Jo 21,25, cf. 1 Ts 2,15).

"Muitos outros prodígios fez ainda Jesus na presença dos discípulos, os quais não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome (Jo 20,30s).

São Paulo, por sua vez, recomenda os ensinamentos que de viva voz nos foram transmitidos por Jesus e passam de geração a geração no seio da Igreja, sem estarem escritos na Bíblia: "Sei em quem acreditei.. Toma por norma as sãs palavras que ouviste de mim na fé e no amor do Cristo Jesus. Guarda o bom depósito com o auxílio do Espírito Santo que habita em nós" (2Tm 1, 12-14).

Neste texto vê-se que o depósito é a doutrina que São Paulo fez ouvir a Timóteo, e que Paulo, por sua vez, recebeu de Cristo. Tal é a linha pela qual passa o depósito: Cristo -> Paulo -> Timóteo

A linha continua... conforme 2Tm 2,2:

"O que ouviste de mim em presença de muitas testemunhas, confia-o a homens fiéis, que sejam capazes de o ensinar ainda a outros".

Temos então a seguinte sucessão de portadores e transmissores da Palavra: O Pai -> Cristo -> Paulo (Os Apóstolos) -> Timóteo (Os Discípulos imediatos dos Apóstolos) -> Os Fiéis -> Os outros Fiéis

Desta forma a Escritura mesma atesta a existência de autênticas proposições de Cristo a ser transmitidas por via meramente oral de geração a geração, sem que os cristãos tenham o direito de as menosprezar ou retocar. A Igreja é a guardiã fiel dessa Palavra de Deus oral e escrita.

Dirão: mas tudo o que é humano se deteriora e estraga. Por isto a Igreja deve ter deteriorado e deturpado a palavra de Deus; quem garante que esta ficou intacta através de vinte séculos na Igreja Católica?

Quem o garante é o próprio Cristo, que prometeu sua assistência infalível a Pedro e as luzes do Espírito Santo a todos os seus Apóstolos ou à sua Igreja; ver Mt 16, 16-18; Lc 22,31s; Jo 21,15-17; Jo 14, 26; 16,13-15.

Não teria sentido o sacrifício de Cristo na Cruz se a mensagem pregada por Jesus fosse entregue ao léu ou às opiniões subjetivas dos homens, sem garantia de fidelidade através dos séculos. Jesus não pode ter deixado de instituir o magistério da sua Igreja com garantia de inerrância.


2. Contradições

0 fato de que não seguem somente a Bíblia, explica as contradições do Protestantismo:

Algumas denominações batizam crianças; outras não as batizam;

Algumas observam o domingo; outras, o sábado;

Algumas têm bispos; outras não os têm;

Algumas têm hierarquia; outras entregam o governo da comunidade à própria congregação (congregacionalistas);

Algumas fazem cálculos precisos para definir a data do fim do mundo - o que para elas é essencial. Outras não se preocupam com isto.

Vê-se assim que a Mensagem Bíblica é relida e reinterpretada diversamente pelos diversos fundadores dos ramos protestantes, que desta maneira dão origem a tradições diferentes e decisivas.

Ademais, todos os protestantes dizem que a Bíblia contém 39 livros do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento, baseando-se não na Bíblia mesma (que não define o seu catálogo), mas unicamente na Tradição oral dos judeus de Jâmnia reunidos em Sínodo no ano 100 d.C.;

Todos os protestantes afirmam que tais livros são inspirados por Deus, baseando-se não na Bíblia (que não o diz), mas unicamente na Tradição oral.

Onde está, pois, a coerência dos protestantes?

Pelo seu modo de proceder, afirmam o que negam com os lábios; reconhecem que a Bíblia não basta como fonte de fé. É a Tradição oral que entrega e credencia a Bíblia.


3. Afinal a Bíblia... Sim ou Não?

Há passagens da Bíblia que os fundadores do Protestantismo no século XVI não aceitaram como tais; por isto são desviadas do seu destino original muito evidente:

1. A Eucaristia... Jesus disse claramente: "Isto é o meu corpo" (Mt 26,26) e "Isto é o meu sangue" (Mt 26,28).

Em Jo 6,51 Jesus também afirma: "O pão que eu darei, é a minha carne para o mundo". Aos judeus que zombavam, o Senhor tornou a afirmar: "Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha came é verdadeiramente uma comida e o meu sangue verdadeíramente uma bebida".

Apesar disto, os protestantes não aceitam o sacramento do perdão e da reconciliação! (Jo 21,17).

Se assim é, por que é que "os seguidores da Bíblia" não aceitam a real presença de Cristo no pão e no vinho consagrados?

2. Jesus disse ao Apóstolo Pedro: "Tu és Pedro (Kepha) e sobre esta Pedra (Kepha) edificarei a minha Igreja" (Mt 16,18).

Disse mais a Pedro: "Simão, Simão... eu roguei por ti, a fim de que tua fé não desfaleça. E tu, voltando-te, confirma teus irmãos" (Lc 22,31s).

Ainda a Pedro: "Apascenta as minhas ovelhas" (Jo 21,15).

Apesar de tão explícitas palavras de Jesus, os protestantes não reconhecem o primado de Pedro! Por que será?

3. Jesus entregou aos Apóstolos a faculdade de perdoar ou não perdoar os pecados - o que supõe a confissão dos mesmos para que o ministro possa discernir e agir em nome de Jesus:

"Recebei o Espiríto Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem não os perdoardes, não serão perdoados" (Jo 20,22s).

4. Jesus disse que edificaria a sua Igreja ("a minha Igreja", Mt 16,18) sobre Pedro. As denominações protestantes são constituídas sobre Lutero, Calvino, Knox, Wesley... Antes desses fundadores, que são dos séculos XVI e seguintes, não existia o Luteranismo, o Calvinismo (presbiterianismo), o Metodismo, o Mormonismo, o Adventismo... Entre Cristo e estas denominações há um hiato... Somente a Igreja Católica remonta até Cristo.

5. 0 Apóstolo São Paulo, referindo-se ao seu elevado entendimento da mensagem cristã, recomenda a vida una ou indivisa para homens e mulheres: "Dou um conselho como homem que, pela misericórdia do Senhor, é digno de confiança... 0 tempo se fez curto. Resta, pois, que aqueles que têm esposa, sejam como se não a tivessem; aqueles que choram, como se não chorassem; aqueles que se regozijam, como se não se regozijassem; aqueles que compram, como se não possuíssem; aqueles que usam deste mundo, como se não usassem plenamente. Pois passa a figura deste mundo. Eu quisera que estivésseis isentos de preocupações. Quem não tem esposa, cuida das coisas do Senhor e do modo de agradar ao Senhor. Quem tem esposa, cuida das coisas do mundo e do modo de agradar à esposa, e fica dividido. Da mesma forma a mulher não casada e a virgem cuidam das coisas do Senhor, a fim de serem santas de corpo e de espírito. Mas a mulher casada cuida das coisas do mundo; procura como agradar ao marido" (1Cor 7,25-34).

Ora os protestantes nunca citam tal texto quando se referem ao celibato e à virgindade consagrada a Deus. É estranho, dado que eles querem em tudo seguir a Bíblia.

4. Esfacelamento
Jesus prometeu à sua Igreja que estaria com ela até o fim dos tempos (cf. Mt 28,20); prometeu também aos Apóstolos o dom do Espírito Santo para que aprofundassem a mensagem do Evangelho (cf. Jo 14,26; 16,13s).

Não obstante, os protestantes se afastam da Igreja assim assistida por Cristo e pelo Espírito Santo para fundar novas "igrejas". São instituições meramente humanas, que se vão dividindo, subdividindo e esfacelando cada vez mais; empobrecem e pulverizam sempre mais a mensagem do Evangelho, reduzindo-a: Ora a sistema de curas (curandeirismo), milagre serviço ao homem (Casa da Bênção, Igreja Socorrista, Ciência Cristã...);

Ora a um retorno ao Antigo Testamento, com empalidecimento do Novo; assim os ramos adventistas...; Ora a um prelúdio de nova "revelação", que já não é cristã. Tal é o caso dos Mórmons; tal é o caso das Testemunhas de Jeová, que negam a Divindade de Cristo, a SS. Trindade e toda a concepção cristã de história.

5. Deterioração da Bíblia

 0 fato de só quererem seguir a Bíblia (que na realidade é inseparável de Tradição oral, que a berçou e a acompanha), tem como consequência o subjetivismo dos intérpretes protestantes. Alguns entram pelos caminhos do racionalismo e vêm a ser os mais ousados dilapidadores ou roedores das Escrituras (tal é o caso de Bultmann, Marxsen, Harnack, Reimarus, Baur...). Outros preferem adotar cegamente o sentido literal, sem o discernimento dos expressionismos próprios dos antigos semitas, o que distorce, de outro modo, a genuína mensagem bíblica.

 Isto acontece, porque faltam ao Protestantismo os critérios da Tradição ("o que sempre, em toda a parte e por todos os fiéis foi professado"), critérios estes que o magistério da Igreja, assistido pelo Espírito Santo, propõe aos fiéis e estudiosos, a fim de que não se desviem do reto entendimento do texto sagrado.

6. Mal-Entendidos

 Quem lê um folheto protestante dirigido contra as práticas da Igreja Católica (veneração, não adoração das imagens, da Virgem Santíssima, celibato...), lamenta o baixo nível das argumentações: são imprecisas, vagas, ou mesmo tendenciosas; afirmam gratuitamente sem provar as suas acusações; não raro baseiam-se em premissas falsas, datas fictícias, anacronismos.

 As dificuldades assim levantadas pelos protestantes dissipam-se desde que se estudem com mais precisão a Bíblia e as antigas tradições do Cristianismo. Vê-se então que as expressões da fé e do culto da Igreja Católica não são senão o desabrochamento homogêneo das virtualidades do Evangelho; sob a ação do Espírito Santo, o grão de mostarda trazido por Cristo à terra tornou-se grande árvore, sem perder a sua identidade (cf. Mt 13,31 s); vida é desdobramento de potencialidades homogêneo. Seria falso querer fazer disso um argumento contra a autenticidade do Catolicismo. Está claro que houve e pode haver aberrações; estas, porém, não são padrão para se julgar a índole própria do Catolicismo.

 A dificuldade básica no diálogo entre católicos e protestantes está nos critérios da fé. Donde deve o cristão haurir as proposições da fé: da Bíblia só ou da Bíblia e da Tradição oral?

 Se alguém aceita a Bíblia dentro da Tradição oral, que lhe é anterior, a berçou e a acompanha, não tem problema para aceitar tudo que a Palavra de Deus ensina na Igreja Católica, à qual Cristo prometeu sua assistência infalível.

 Mas, se o cristão não aceita a Palavra de Deus na sua totalidade oral e escrita, ficando apenas com a escrita (Bíblia), já não tem critérios objetivos para interpretar a Bíblia; cada qual dá à Escritura o sentido que ele julga dever dar, e assim se vai diluindo e pervertendo cada vez mais a Mensagem Revelada. A letra como tal é morta; é a Palavra viva que dá o sentido adequado a um texto escrito.

7. Menosprezo da Igreja

 Jesus fundou sua Igreja e a entregou a Pedro e seus sucessores. Sim, Ele disse ao Apóstolo: "Tu és Pedro e sobre essa pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus, e o que ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus" (Mt 16,18s).

 Notemos: Jesus se refere à sua Igreja (Ele só tem uma Igreja) e Ele a entregou a Pedro... A Pedro e a seus sucessores, pois Pedro é o fundamento visível ("sobre essa pedra edificarei..."); ora, se o edifício deve ser para sempre inabalável, o fundamento há de ser para sempre duradouro; esse fundamento sólido não desapareceu com a morte de Pedro, mas se prolonga nos sucessores de Pedro, os Papas.

Ora, Lutero e seus discípulos desprezaram a Igreja fundada por Jesus, e fundaram (como até hoje ainda fundam) suas "igrejas". Em consequência, cada "igreja" protestante é uma sociedade meramente humana, que já não tem a garantia da assistência infalívei de Jesus e do Espírito Santo, porque se separou do tronco original.

 A experiência mostra como essas "igrejas" se contradizem e ramificam em virtude de discórdias e interpretações bíblicas pessoais dos seus fundadores; predomina aí o "eu acho" dos homens ou de cada "profeta" de denominação protestante.

 Mas... as falhas humanas da Igreja não são empecilho para crer?

 Em resposta devemos dizer que o mistério básico do Cristianismo é o da Encarnação; Deus assumiu a natureza humana, deixou-se desfigurar por açoites, escarros e crucificação, mas desta maneira quis salvar os homens. Este mistério se prolonga na Igreja, que São Paulo chama "o Corpo de Cristo" (Cl 1,24; 1Cor 12,27). A Igreja é humana; por isto traz as marcas da fragilidade humana de seus filhos, mas é também divina; é o Cristo prolongado; por isto os erros dos homens da Igreja não conseguem destrui-la; são, antes, o sinal de que é Deus quem vive na Igreja e a sustenta.

 Numa palavra, o cristão há de dizer com São Paulo: "A Igreja é minha mãe" (cf. Gl 4,26). Ao que São Cipriano de Cartago (+258) fazia eco, dizendo: "Não pode ter Deus por Pai quem não tem a Igreja por Mãe" ("Sobre a Unidade de Igreja", cap. 4).

Conclusão
 A grande razão pela qual o Protestantismo se torna inaceitável ao cristão que reflete, é o subjetivismo que o impregna visceralmente. A falta de referenciais objetivos e seguros, garantidos pelo próprio Espírito Santo (cf. Jo 14,26; 16,13s), é o principal ponto fraco ou o calcanhar de Aquiles do Protestantismo. Disto se segue a divisão do mesmo em centenas de denominações diversas, cada qual com suas doutrinas e práticas, às vezes contraditórias ou mesmo hostis entre si.

 0 Protestantismo assim se afasta cada vez mais da Bíblia e das raízes do Cristianismo (paradoxo!), levado pelo fervor subjetivo dos seus "profetas", que apresentam um curandeirismo barato (por vezes, caro!) ou um profetismo fantasioso ou ainda um retorno ao Antigo Testamento com menosprezo do Novo.

 Esta diluição do Protestantismo e a perda dos valores típicos do Cristianismo estão na lógica do principal fundador, Martinho Lutero, que apregoava o livre exame de Bíblia ou a leitura da Bíblia sob as luzes exclusivas da inspiração subjetiva de cada crente; cada qual tira das Escrituras "o que bem lhe parece ou lhe apraz"!

Padre Chrystian Shankar


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Estudo Sobre os Cristãos e a Águia – Parte I



                 ESTUDO SOBRE OS CRISTÃOS E A ÁGUIA – PARTE I

29 Dá forças ao homem acabrunhado, redobra o vigor do fraco. 30 Até os adolescentes podem esgotar-se, e jovens robustos podem cambalear, 31 mas aqueles que contam com o Senhor renovam suas forças; ele dá-lhes asas de águia. Correm sem se cansar, vão para a frente sem se fatigar. (Isaias 40:29-31)


Há ainda outras passagens bíblicas, como estas que nos concentraremos, as quais utilizam a figura da águia para alguma ilustração.


11 Tal qual águia vigilante sobre o ninho, adejando sobre os filhotes, ele estendeu as asas e o tomou, o transportou sobre sua plumagem. 12 Só o Senhor foi o seu guia; nenhum outro deus estava com ele. (Deuteronômio 32: 11-12)


Antes de tudo vamos estudar um pouco sobre as Àguias


Introdução: 

Na Barsa ("EncyclopaediaBritannica do Brasil Publicações Ltda., vol.1p.170) encontramos no verbete "águia", no início do texto: " A águia se destaca entre as demais aves de rapina pela beleza, força e majestade, qualidades que conquistaram a admiração do homem em todas as épocas. Ao longo da história ,a imagem da águia figurou em emblemas , divisas guerreiras, escudos, e brasões nos quais foi o símbolo de força e dignidade.

A águia e conhecida em toda terra como a rainha das aves. Ela é a ave mais forte que existe na terra, podendo conduzir em vôo animais pequenos e até mesmo uma criança, tamanha sua resistência. Ela é a ave que voa mais alto, ela consegue alcançar alturas de mais de 3.000 metros.

A estrutura óssea da águia é diferente de todas as outras aves. Todas as aves que existem no mundo têm uma estrutura óssea comprida, mas a da águia é cilíndrica; por isso, ela é a única de grande porte que pode voar e descansar enquanto voa, ao contrário das outras que precisam descer para descansar.

A águia faz o seu ninho nas rochas e penhascos mais elevados, e nas árvores mais altas, para proteção e segurança de seus filhotes; por isso, é comparada aos seres celestiais (Ez 1.10; Ap 4.7).



 A águia é a única que enfrenta uma tempestade. As demais, ao pressentirem uma tempestade, escondem-se. A águia, porém, passa por sobre a tempestade, e voa acima da turbulência das nuvens. Ela tem a visão mais apurada do mundo animal.

 Em ( Jó 39.27-29 )está escrito:” 7 É por tua ordem que a águia levanta o vôo, e faz seu ninho nas alturas? 28 Ela habita o rochedo, e nele passa a noite, sobre a ponta rochosa e o cimo escarpado. 29 De lá espia sua presa, seus olhos penetram as distâncias.

 Ao longe, de distâncias impossíveis a olhos humanos, a águia avista a sua presa. Segundo os cientistas, ela pode enxergar até três quilômetros de distância. Ainda resta acrescentar o tamanho da águia adulta. A envergadura das asas, de ponta a ponta, pode alcançar dois metros ou mais.

Como pode uma ave desse porte voar acima de três mil metros de altura? As penas de vôo (que se chamam remígios), chegam a ter 50 cm.

 As pontas das asas são fendidas de modo que ela possa abrir os remígios separadamente como se fossem dedos.

 Com todo esse equipamento, ela pode considerar-se senhora do espaço. Diante de tantas qualidades, podemos entender que Deus criou a águia com propósitos especiais, para que nós pudéssemos extrair dela lições para nossas vidas.

Tanto no Antigo como no Novo Testamentos, a águia é comparada a diversas qualidades divinas e humanas.

As Escrituras são inspirações da vontade do Espirito Santo, portanto não há duvidas que Deus quer nos ensinar lições importantes através do Estudo dessa ave fenomenal.

Essa é a primeira parte do estudo sobre a ÁGUIA, dentro do contexto Cristão é claro! Iremos em breve apresentar o Estudo parte II. Aguardem! Fiquem na Paz do Senhor Jesus e Salve Maria!


Autor: Paulo Martins

Referência Bíblica: Bíblia Online Ave Maria





terça-feira, 10 de setembro de 2013

Estudo Bíblico sobre o Espírito Santo


        ESTUDO BÍBLICO SOBRE O ESPÍRITO SANTO

O Espírito Santo se apresenta como:

- Deus

- Pessoa

- Fruto

- Dom

  O Espírito Santo é Deus:


(Romanos 8: 1-5) 1 De agora em diante, pois, já não há nenhuma condenação para aqueles que estão em Jesus Cristo. 2 A lei do Espírito de Vida me libertou, em Jesus Cristo, da lei do pecado e da morte. 3 O que era impossível à lei, visto que a carne a tornava impotente, Deus o fez. Enviando, por causa do pecado, o seu próprio Filho numa carne semelhante à do pecado, condenou o pecado na carne, 4 a fim de que a justiça, prescrita pela lei, fosse realizada em nós, que vivemos não segundo a carne, mas segundo o espírito. 5 Os que vivem segundo a carne gostam do que é carnal; os que vivem segundo o espírito apreciam as coisas que são do espírito.

(Romanos 10: 14-20) 14Porém, como invocarão aquele em quem não têm fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue? 15 E como pregarão, se não forem enviados, como está escrito: Quão formosos são os pés daqueles que anunciam as boas novas (Is 52,7)? 16 Mas não são todos que prestaram ouvido à boa nova. É o que exclama Isaías: Senhor, quem acreditou na nossa pregação (Is 53,1)? 17 Logo, a fé provém da pregação e a pregação se exerce em razão da palavra de Cristo. 18 Pergunto, agora: Acaso não ouviram? Claro que sim! Por toda a terra correu a sua voz, e até os confins do mundo foram as suas palavras (Sl 18,5). 19 E pergunto ainda: Acaso Israel não o compreendeu? Já Moisés lhes havia dito: Eu vos despertarei ciúmes com um povo que não merece este nome; provocar-vos-ei a ira contra uma nação insensata (Dt 32,21). 20 E Isaías se abalança a dizer: Fui achado pelos que não me buscavam; manifestei-me aos que não perguntavam por mim (Is 65,1).

O Espírito Santo é divino, prova-se a sua divindade pelos seguintes fatos:

1)Ele é Eterno (Hebreus 9:14): 14 quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu como vítima sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência das obras mortas para o serviço do Deus vivo?

2)Ele é Onipresente (Salmos 139:7-10): 7 Digo ao Senhor: Vós sois o meu Deus. Escutai, Senhor, a voz de minha súplica. 8 Senhor Deus, meu poderoso apoio! Vós protegeis minha fronte no dia do combate. 9Não atendais, Senhor, os desejos do ímpio, não deixeis que se cumpram seus desígnios. 10 Que não levantem a cabeça os que me cercam; sobre eles recaia a malícia de seus lábios.

3)Ele é Onipotente (Lucas 1:35):  35 Respondeu-lhe o anjo: O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus.

4)Ele é Onisciente (I Coríntios 2:10,11): 10 Todavia, Deus no-las revelou pelo seu Espírito, porque o Espírito penetra tudo, mesmo as profundezas de Deus. 11Pois quem conhece as coisas que há no homem, senão o espírito do homem que nele reside? Assim também as coisas de Deus ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus.

As Obras do Espírito Santo

Criação (Gênesis 1:2); 2 A terra estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas.

Regeneração (Atos 2:2); 2 De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados.

Ressurreição (Romanos 8:11). 11 Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dos mortos habita em vós, ele, que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos, também dará a vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós.

Os Símbolos do Espírito Santo

Fogo (Lucas 3:16); 16 ele tomou a palavra, dizendo a todos: Eu vos batizo na água, mas eis que vem outro mais poderoso do que eu, a quem não sou digno de lhe desatar a correia das sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo.

Vento (Atos 2:2); 2 De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados.

Água (João 7|:37-39); 37 No último dia, que é o principal dia de festa, estava Jesus de pé e clamava: Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. 38 Quem crê em mim, como diz a Escritura: Do seu interior manarão rios de água viva (Zc 14,8; Is 58,11). 39 Dizia isso, referindo-se ao Espírito que haviam de receber os que cressem nele, pois ainda não fora dado o Espírito, visto que Jesus ainda não tinha sido glorificado.

Selo (Efésios 1:13); 13 Nele também vós, depois de terdes ouvido a palavra da verdade, o Evangelho de vossa salvação no qual tendes crido, fostes selados com o Espírito Santo...

Azeite (Zacarias 4;2-6); 2 E perguntou-me: Que vês? Vejo um candelabro todo de ouro, respondi, que tem um reservatório no alto, sete lâmpadas em redor e ainda sete bicos para as lâmpadas colocadas em cima do candelabro. 3Junto deste, duas oliveiras colocadas de um e outro lado do reservatório. 4 Perguntei de novo ao porta-voz: Meu Senhor, que coisas são estas? 5 Ele respondeu: Não sabes o que isso significa? Respondi: Não, meu Senhor. 6 Então ele explicou: Este é o oráculo do Senhor a respeito de Zorobabel: não pelo poder, nem pela violência, mas sim pelo meu Espírito (é que ele cumprirá a sua missão) - oráculo do Senhor.

Pomba (Mateus 3:16,17). 16 Depois que Jesus foi batizado, saiu logo da água. Eis que os céus se abriram e viu descer sobre ele, em forma de pomba, o Espírito de Deus. 17 E do céu baixou uma voz: Eis meu Filho muito amado em quem ponho minha afeição.

Os nomes do Espírito Santo

Espírito Santo (Atos 1:16); 16 Irmãos, convinha que se cumprisse o que o Espírito Santo predisse na escritura pela boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam Jesus.

Espírito de Cristo (Romanos 8;9); 9 Vós, porém, não viveis segundo a carne, mas segundo o Espírito, se realmente o espírito de Deus habita em vós. Se alguém não possui o Espírito de Cristo, este não é dele.

Espírito de Vida (Romanos 8:2). 2 A lei do Espírito de Vida me libertou, em Jesus Cristo, da lei do pecado e da morte.

O Espírito Santo como Pessoa

O Espírito Santo é uma pessoa, ou apenas uma influência?
Muitas vezes, descreve-se o Espírito Santo de uma maneira impessoal, como o sopro que preenche, unção que unge, fogo que ilumina e aquece, água, etc... Isto faz parte das suas operações. O Espírito Santo exerce atributos de personalidade, Ele faz coisas que o mostram como uma pessoa distinta e não como poder impessoal.

 A personalidade envolve três fatores:

Conhecimento (Inteligência - Romanos 8:27); 27 E aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos, segundo Deus.

Sentimentos (afeto - Efésios 4:30); 30 Não contristeis o Espírito Santo de Deus, com o qual estais selados para o dia da Redenção.

Vontade (I Coríntios 12:11). 11 Mas um e o mesmo Espírito distribui todos estes dons, repartindo a cada um como lhe apraz.

Atividades Pessoais lhe são atribuídas

Ele Revela (II Pedro 1:21); 21 Por ele tendes fé em Deus, que o ressuscitou dos mortos e glorificou, a fim de que vossa fé e vossa esperança se fixem em Deus.

Ele Ensina (João 14;26); 26 Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito.

Ele Clama (Gálatas 4:6); 6 A prova de que sois filhos é que Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!

Ele Intercede (Romanos 8:26); 26 Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis.

Ele Diz (Apocalipse 2:7); 7 Quem tiver ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor darei de comer (do fruto) da árvore da vida, que se acha no paraíso de Deus.

Ele Ordena (Atos 16:6,7); 6 Atravessando em seguida a Frígia e a província da Galácia, foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra de Deus na (província da) Ásia. 7 Ao chegarem aos confins da Mísia, tencionavam seguir para a Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu.

Ele Testifica (João 15:26); 6 Quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim.

O Espírito Santo como Dom

Dom do Espírito (Atos 2:3-7); 3 Quando ele viu que Pedro e João iam entrando no templo, implorou a eles uma esmola. 4 Pedro fitou nele os olhos, como também João, e disse: Olha para nós. 5 Ele os olhou com atenção esperando receber deles alguma coisa. 6 Pedro, porém, disse: Não tenho nem ouro nem prata, mas o que tenho eu te dou: em nome de Jesus Cristo Nazareno, levanta-te e anda! 7 E tomando-o pela mão direita, levantou-o. Imediatamente os pés e os tornozelos se lhe firmaram. De um salto pôs-se de pé e andava.

Dom do Espírito (Atos 10:45); 45 Os fiéis da circuncisão, que tinham vindo com Pedro, profundamente se admiraram, vendo que o dom do Espírito Santo era derramado também sobre os pagãos;
Dom do Espírito (Atos 11:16-18); 16 Lembrei-me então das palavras do Senhor, quando disse: João batizou em água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo. 17 Pois, se Deus lhes deu a mesma graça que a nós, que cremos no Senhor Jesus Cristo, com que direito me oporia eu a Deus? 18 Depois de terem ouvido essas palavras, eles se calaram e deram glória a Deus, dizendo: Portanto, também aos pagãos concedeu Deus o arrependimento que conduz à vida!

Dom de Deus (Efésios 2:8); 8 Porque é gratuitamente que fostes salvos mediante a fé. Isto não provém de vossos méritos, mas é puro dom de Deus.

Dom de Deus (Romanos 6:23). 23 Porque o salário do pecado é a morte, enquanto o dom de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Pela generosidade do Espírito Santo, Ele nos concede nove dons (I Coríntios 12;1-11).

1- Palavra de Sabedoria;
2- Palavra de Ciência;
3- Fé;
4- Dons de Curar;
5- Operação de Maravilhas;
6- Profecia;
7- Discernimento;
8- Variedade de línguas;
9- Interpretação de línguas.

Os dons são as manifestações da Efusão do Espirito Santo.

Classificação Geral dos Dons do Espírito Santo

1) Dons de Revelação:
Palavra de Sabedoria;
Palavra de Conhecimento;
Discernimento de Espíritos.

2) Dons de Poder:
Fé;
Dons de Curar;
Operação de Milagres.

3) Dons de Evolução:
Profecia;
Variedade de Línguas;
Interpretação de Línguas.

O Espírito Santo como Fruto

O que é o fruto do Espírito na vida do servo de Deus?
- É a reprodução do caráter de Cristo na vida do homem.

Como é produzido o fruto ?
- Através do novo nascimento, como conseqüência da  plena liberdade que damos ao Espírito Santo.

Mas, o fruto do Espírito é:

Amor - amor aqui é ágape, o que caracteriza esse amor é sacrifício (João 13:1);
Gozo – é diferente da alegria, o gozo é de dentro para fora, e a alegria é de fora para dentro (Filipenses 4:11 – I Timóteo 6:6);
Paz – na Bíblia não significa ausência de guerra, como diz o dicionário, mas significa plenitude, algo que está completo realização, no Grego Eirene;
Longanimidade - significa paciência divina;
Benignidade – significa disposição de ser bom, isso vem de dentro;
Bondade – É amor na prática;
– significa fidelidade;
Mansidão – significa saber suportar;
Temperança – significa domínio próprio, equilíbrio, moderação.

No versículo 23, diz que contra estas coisas não há lei, ou seja, não há proibição:

Gozo é o amor obedecendo;
Paz é o amor repousando;
Longanimidade é o amor sofrendo;
Benignidade é o amor em teoria;
Bondade é o amor em prática;
é o amor confiado;
Mansidão é o amor suportando;
Temperança é o amor controlando.

Autor: Paulo Martins

Referência Bíblica: Bíblia Online Ave Maria

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Carisma Conforme o Catecismo da Igreja Católica


C.12 CARISMA conforme o Espírito Santo


C.12.1 Carisma da infabilidade

§890 A missão do Magistério está ligada ao caráter definitivo da Aliança instaurada por Deus em Cristo com seu Povo; deve protegê-lo dos desvios e dos afrouxamentos e garantir-lhe a possibilidade objetiva de professar sem erro a fé autêntica. O ofício pastoral do Magistério está, assim, ordenado ao cuidado para que o Povo de Deus permaneça na verdade que liberta. Para executar este serviço, Cristo dotou os pastores do carisma de infalibilidade em matéria de fé e de costumes. O exercício deste carisma pode assumir várias modalidades.

§2035 O grau supremo da participação na autoridade de Cristo é assegurado pelo carisma da infalibilidade. Esta tem a mesma extensão que o depósito da revelação divina; estende-se ainda a todos os elementos de doutrina, incluindo a moral, sem os quais as verdades salutares da fé não podem ser preservadas, expostas ou observadas.

C.12.2 Carisma da verdade e amadurecimento na fé

§94 Graças à assistência do Espírito Santo, a compreensão tanto das realidades como das palavras do depósito da fé pode crescer na vida da Igreja:

"Pela contemplação e estudo dos que crêem, os quais as meditam em seu coração", é em especial "a pesquisa teológica que aprofunda o conhecimento da verdade revelada".

"Pela íntima compreensão que os fiéis desfrutam das coisas espirituais"; "Divina eloquia cum legente crescunt - as palavras divinas crescem com o leitor".

"Pela pregação daqueles que, com a sucessão episcopal, receberam o carisma seguro da verdade."

C.12.3 Carisma dos consagrados

§924 "Acrescentada às outras formas de vida consagrada", a ordem das virgens constitui a mulher que vive no mundo (ou a monja) na oração, na penitência, no serviço a seus irmãos e no trabalho apostólico, conforme o estado e os carismas respectivos oferecidos a cada uma. As virgens consagradas podem associar-se para guardar mais fielmente seus propósitos

§1175 A Liturgia das Horas é destinada a tornar-se a oração de todo o povo de Deus. Nela, o próprio Cristo "continua a exercer sua função sacerdotal por meio de sua Igreja "; cada um participa dela segundo seu lugar próprio na Igreja e segundo as circunstâncias de sua vida: os presbíteros, enquanto dedicados ao ministério da palavra ; os religiosos e as religiosas, pelo carisma de sua vida consagrada ; todos os fiéis, segundo suas possibilidades: "Os pastores de almas cuidarão que as horas principais, especialmente as vésperas, nos domingos e dias festivos mais solenes, sejam celebradas comunitariamente na Igreja. Recomenda-se que os próprios leigos recitem o Ofício divino, ou juntamente com os presbíteros, ou reunidos entre si, e até cada um individualmente ".

C.12.4 Carisma dos leigos

§910 Os leigos podem também sentir-se chamados ou vir a ser chamados para colaborar com os próprios pastores no serviço da comunidade eclesial, para o crescimento e a vida da mesma, exercendo ministérios bem diversificados, segundo a graça e os carismas que o Senhor quiser depositar neles."

C.12.5 Comunhão de carismas

§951 A comunhão dos carismas. Na comunhão da Igreja, o Espirito Santo" distribui também entre os fiéis de todas as ordens as graças especiais" para a edificação da Igreja. Ora, "cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para a utilidade de todos" (1Cor 12,7).

C.12.6 Discernimento dos carismas

§801 É neste sentido que se faz sempre necessário o discernimento dos carismas. Nenhum carisma dispensa da reverência e da submissão aos Pastores da Igreja. "A eles em especial cabe não extinguir o Espírito, mas provar as coisas e ficar com o que é bom", a fim de que todos os carismas cooperem, em sua diversidade e complementaridade, para o "bem comum" (1Cor 12,7).

C.12.7 Espírito Santo e carisma

§688 A Igreja, comunhão viva na fé dos apóstolos, que ela transmite, é o lugar de nosso conhecimento do Espírito Santo:

nas Escrituras que ele inspirou;
na Tradição, da qual os Padres da Igreja são as testemunhas sempre atuais;
no Magistério da Igreja, ao qual ele assiste;
na Liturgia sacramental, por meio de suas palavras e de seus símbolos, na qual o Espírito Santo nos coloca em Comunhão com Cristo;
na oração, na qual Ele intercede por nós;
nos carismas e nos ministérios, pelos quais a Igreja é edificada;
nos sinais de vida apostólica e missionária;
no testemunho dos santos, no qual ele manifesta sua santidade e continua a obra da salvação.
§798 O Espírito Santo é "o Princípio de toda ação vital e verdadeiramente salutar em cada uma das diversas partes do Corpo". Ele opera de múltiplas maneiras a edificação do Corpo inteiro na caridade: pela Palavra de Deus, "que tem o poder de edificar" (At 20,32); pelo Batismo, por meio do qual forma o Corpo de Cristo; pelos sacramentos, que proporcionam crescimento e cura aos membros de Cristo; pela "graça concedida aos apóstolos, que ocupa o primeiro lugar entre seus dons"; pelas virtudes, que fazem agir segundo o bem; e, enfim, pelas múltiplas graças especiais (chamadas de "carismas"), por meio das quais "torna os fiéis aptos e prontos a tomarem sobre si os vários trabalhos e ofícios que contribuem para a renovação e maior incremento da Igreja".

§800 Os carismas devem ser acolhidos com reconhecimento por aquele que os recebe, mas também por todos os membros da Igreja, pois são uma maravilhosa riqueza de graça para a vitalidade apostólica e para a santidade de todo o Corpo de Cristo, contanto que se trate de dons que provenham verdadeiramente do Espírito Santo e que sejam exercidos de maneira plenamente conforme aos impulsos autênticos deste mesmo Espírito, isto é, segundo a caridade, verdadeira medida dos carismas.

§809 A Igreja é o Templo do Espírito Santo O Espírito é como a alma do Corpo Místico, princípio de sua vida, da unidade na diversidade e da riqueza de seus dons e carismas.

§1508 O Espírito Santo dá a algumas pessoas um carisma especial de cura para manifestar a força da graça do ressuscitado. Todavia, mesmo as orações mais intensas não conseguem obter a cura de todas as doenças. Por isso, São Paulo deve aprender do Senhor que "basta-te a minha graça, pois é na fraqueza que minha força manifesta todo o seu poder" (2Cor 12,9), e que os sofrimentos que temos de suportar podem ter como sentido "completar na minha carne o que falta às tribulações de Cristo por seu corpo, que é a Igreja" (Cl 1,24).

§2003 A graça é antes de tudo e principalmente o dom do Espírito que nos justifica e nos santifica. Mas a graça compreende igualmente os dons que o Espírito nos concede, para nos a associar à sua obra, para nos tornar capazes de colaborar com a salvação dos outros e com o crescimento do corpo de Cristo, a Igreja. São as graças sacramentais dons próprios dos diferentes sacramentos. São, além disso, as graças especiais, chamadas também "carismas", segundo a palavra grega empregada por S. Paulo e que significa favor, dom gratuito, benefício. Seja qual for seu caráter, às vezes extraordinário, como o dom dos milagres ou das línguas, os carismas se ordenam à graça santificante e têm como meta o bem comum da Igreja. Acham-se a serviço da caridade, que edifica a Igreja.

§2024 A graça santificante nos faz "agradáveis a Deus". Os carismas, graças especiais do Espírito Santo, são ordenados à graça santificante e têm como alvo o bem comum da Igreja. Deus opera também por graças atuais múltiplas, que se distinguem da graça habitual, permanente em nós.

§2684 Na comunhão dos santos, desenvolveram-se, ao longo da história das Igrejas, diversas espiritualidades. O carisma pessoal de uma testemunha do Amor de Deus aos homens pôde ser transmitido, como "o espírito" de Elias a Eliseu" e a João Batista, para que alguns discípulos tenham parte nesse espirito. Há uma espiritualidade igualmente na confluência de outras correntes, litúrgicas e teológicas, atestando a inculturação da fé num meio humano e em sua história. As espiritualidades cristãs participam da tradição viva da oração e são guias indispensáveis para os fiéis, refletindo, em sua rica diversidade, a pura e única Luz do Espírito Santo.

O Espírito é de fato o lugar dos santos, e o santo é para o Espírito um lugar próprio, pois se oferece para habitar com Deus e é chamado seu templo.

C.12.8 Significação e fim do carisma

§799 Quer extraordinários quer simples e humildes, os carismas são graças do Espírito Santo que, direta ou indiretamente, têm urna utilidade eclesial, pois são ordenados à edificação da Igreja, ao bem dos homens e às necessidades do mundo.

§800 Os carismas devem ser acolhidos com reconhecimento por aquele que os recebe, mas também por todos os membros da Igreja, pois são uma maravilhosa riqueza de graça para a vitalidade apostólica e para a santidade de todo o Corpo de Cristo, contanto que se trate de dons que provenham verdadeiramente do Espírito Santo e que sejam exercidos de maneira plenamente conforme aos impulsos autênticos deste mesmo Espírito, isto é, segundo a caridade, verdadeira medida dos carismas.

§2003 A graça é antes de tudo e principalmente o dom do Espírito que nos justifica e nos santifica. Mas a graça compreende igualmente os dons que o Espírito nos concede, para nos a associar à sua obra, para nos tornar capazes de colaborar com a salvação dos outros e com o crescimento do corpo de Cristo, a Igreja. São as graças sacramentais dons próprios dos diferentes sacramentos. São, além disso, as graças especiais, chamadas também "carismas", segundo a palavra grega empregada por S. Paulo e que significa favor, dom gratuito, benefício. Seja qual for seu caráter, às vezes extraordinário, como o dom dos milagres ou das línguas, os carismas se ordenam à graça santificante e têm como meta o bem comum da Igreja. Acham-se a serviço da caridade, que edifica a Igreja.